sexta-feira, 26 de maio de 2017

MICHEL TEMER E SEUS 13 PEDIDOS DE IMPEACHMENT.

RIO — O pedido de impeachment do presidente Michel Temer feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta quinta-feira foi o 13º apresentado desde o último dia 17, depois que a gravação entre Temer e o dono da JBS, Joesley Batista, foi revelada pelo GLOBO. Antes disso, outras quatro propostas de impedimento já haviam sido protocoladas na Câmara dos Deputados, sendo que uma delas foi arquivada (TUDO SOBRE A "REPÚBLICA GRAMPEADA")

Cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aprovar ou rejeitar os pedidos. Nesta quarta-feira, Maia afirmou que as solicitações não podem ser analisadas como em um "drive-thru".
Ainda no dia 17 de maio, nas horas seguintes após as revelações sobre a delação da JBS, dois pedidos foram apresentados, pelos deputados federais Alessandro Molon (Rede-RJ) e João Henrique Caldas (PSB-AL), de acordo com informações da Câmara.
No dia seguinte, mais seis pedidos foram protocolados. Seus autores foram o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); os deputado federais João Gualberto Vasconcelos (PSDB-BA), Diego Garcia (PHS-PR) e Molon (que entrou com um segundo pedido), o deputado deputado estadual Major Araújo (PRP-GO) e Beatriz Vargas, professora de Direito da Universidade de Brasília (UnB), que também entrou com dois pedidos.
Também entraram com propostas de impedimento os advogados Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e Luís Carlos Crema, além de três integrantes do Sindpúblicos (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo), Amarildo Batista Santos, Haylson de Oliveira e Rodrigo da Rocha Rodrigues.
Todos os 13 pedidos apresentados nos últimos dias são baseados na delação premiada de executivos da JBS. Qualquer cidadão pode entrar com uma proposta de impedimento do presidente.
DENÚNCIA DE CALERO MOTIVOU PRIMEIRO PEDIDO
O primeiro pedido de impeachment contra o presidente foi apresentado no dia 28 de novembro de 2016, pelo presidente do PSOL, Luiz Araújo.
Naquela época havia outro escândalo: a denúncia feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), o pressionou a interferir para liberação de empreendimento imobiliário milionário, cuja construção estava impedida pelo Instituto do Patrimônio Histório e Artístico Nacional (Iphan).
Na denúncia, Calero também acusou Temer de reforçar a pressão. O presidente confirmou que houve uma conversa com o antigo ministro, mas negou que o tenha pressionado.
Nos dias seguintes, outros dois pedidos foram protocolados com base na denúncia de Calero, ambos por civis: José Manoel Ferreira Gonçalves e Alexandre Jose da Conceição.
Em fevereiro de 2014, um quarto pedido foi apresentado, dessa vez pelo Movimento Estudantil Nova Mobilização. Baseado na "denenúncia de crimes de responsabilidade, atentado contra a Constituição e lesa-humanidade diária", a proposta foi a única até aqui a ser arquivada por Rodrigo Maia.

domingo, 21 de maio de 2017

O IMPEACHMENT DE TEMMER

Em votação, OAB decide pedir impeachment de Michel Temer

Por 25 votos a um, entidade considerou que o presidente cometeu crime de responsabilidade


Brasília - Por 25 votos a um, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu pedir o impeachment do presidente Michel Temer. Os conselheiros federais consideraram, após mais de seis horas ininterruptas de discussão, que as condutas do presidente reveladas pelo empresário Joesley Barbosa, do grupo empresarial JBS, podem configurar crime de responsabilidade. Apenas o Amapá votou contra o pedido de impedimento. E a bancada do Acre estava ausente.
A OAB, que deve protocolar o pedido de impeachment nos próximos dias, aponta como indício de crime de responsabilidade o fato de Temer ter ouvido de Joesley que estava comprando juízes e um procurador da República e não ter comunicado às autoridades. Ao contrário, o presidente assente com um "ótimo, ótimo" nas gravações feitas pelo empresário.
Nesse momento, ele teria agido "de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo", conduta prevista na lei que define os crimes de responsabilidade de presidentes e ministros.


Os conselheiros da entidade ressaltaram que Temer não negou, nos dois pronunciamentos que fez, o trecho do diálogo que eles consideram grave.Por isso mesmo, segundo os membros da OAB, mesmo que o áudio venha a ser questionado por peritos ou a delação anulada, esse ponto já foi "confessado" por Temer, que afirmou, inclusive, que não acreditou em Joesley porque ele é um conhecido "fanfarrão".
- Não interessa se não era verdade, porque ele é presidente da República e tinha que ter agido. Dessa forma, ficamos todos mais seguros nessa decisão que estamos encaminhado - Adriana Coutinho, conselheira federal de Pernambuco.
As circunstâncias do encontro de Temer com Joesley, no fim da noite e fora da agenda oficial, quando o empresário o grampeou, também foram criticadas pela OAB:
- Foi uma conversa nada republicana, traçada na calada da noite, sobre um dos maiores esquemas de corrupção, por alguém que é um constitucionalista. Quem conhece o Direito não pode agir assim - afirmou Ricardo Bacelar, conselheiro do Ceará.
Na avaliação dos conselheiros, também pesa contra Temer ter prometido atender pleitos de Joesley, como indicação no Cade e outras questões relacionadas ao Ministério da Fazenda. Eles não consideraram, entre os indícios de cometimento de crime, o suposto aval de Temer a pagamentos para calar o ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso, ao contrário do entendimento da Procuradoria-Geral da República.
Já foram protocolados ao menos oito pedidos de impeachment contra Temer após as revelações das delações da JBS. A solicitação vinda da OAB, porém, tem um peso diferente. Maior instituição civil no país, a entidade tem mais de um milhão de inscritos e acaba pautando as discussões pela representatividade que tem.
Felipe Santa Cruz, da OAB do Rio de Janeiro, afirmou que votava pelo impeachment sem "nenhuma satisfação". Ele lamentou que metade dos presidentes eleitos desde a redemocratização não terminou o mandato no Brasil e defendeu uma reforma política:
- Teremos o terceiro presidente desde a redemocratização a não terminar o mandato, ou seja, 50%. Demonstra que esse sistema apodreceu.


quarta-feira, 17 de maio de 2017

TONELADAS DE NITROGLICERINA NA POLÍTICA BRASILEIRA...!!!

RIO — Na tarde de quarta-feira passada, Joesley Batista e o seu irmão Wesley entraram apressados no STF e seguiram direto para o gabinete do ministro Edson Fachin. Os donos da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta, estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Foram lá para o ato final de uma bomba atômica que explodirá sobre o país — a delação premiada que fizeram, com poder de destruição igual ou maior que a da Odebrecht. Diante de Fachin, a quem cabe homologar a delação, os sete presentes ao encontro confirmaram: tudo o que contaram à Procuradoria-Geral da República em abril foi por livre e espontânea vontade, sem coação.



É uma delação como jamais foi feita na Lava-Jato: Nela, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".
Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).


quinta-feira, 19 de março de 2015

Achacadores

Cid Gomes criticou parlamentaresCâmara dos Deputado
Cid Gomes criticou parlamentaresGustavo Lima/18.03.2015/Câmara dos Deputados
O ministro da Educação, Cid Gomes, reafirmou, nesta quarta-feira (18), seu entendimento de que alguns parlamentares se comportam como “achacadores” do governo. O ministro foi convocado para explicar as declarações, mas alegou o direito à livre manifestação e, de maneira irônica, se desculpou com os deputados que não se enquadram nessa situação.
— Eu não tenho nenhum problema em pedir perdão para aqueles que não agem dessa forma, para aqueles que não se comportam desse jeito. Não foi minha intenção agredir ninguém individualmente. [...] Me perdoe se isso fere alguém, me perdoem quem traz para si essa carapuça, se alguém se enxerga nessa posição.
A crise entre a Câmara dos Deputados e o ministro da Educação, começou depois que veio à tona a informação de que Cid Gomes afirmou que há “400, 300 deputados achacadores” no parlamento, que gostam de ver o governo frágil, para tirar mais proveito. As afirmações foram feitas no final do mês de fevereiro, em Belém (PA), durante visita à Universidade Federal do Pará.” do governo. O ministro foi convocado para explicar as declarações, mas alegou o direito à livre manifestação e, de maneira irônica, se desculpou com os deputados que não se enquadram nessa situação.
— Eu não tenho nenhum problema em pedir perdão para aqueles que não agem dessa forma, para aqueles que não se comportam desse jeito. Não foi minha intenção agredir ninguém individualmente. [...] Me perdoe se isso fere alguém, me perdoem quem traz para si essa carapuça, se alguém se enxerga nessa posição.
A crise entre a Câmara dos Deputados e o ministro da Educação, começou depois que veio à tona a informação de que Cid Gomes afirmou que há “400, 300 deputados achacadores” no parlamento, que gostam de ver o governo frágil, para tirar mais proveito. As afirmações foram feitas no final do mês de fevereiro, em Belém (PA), durante visita à Universidade Federal do Pará.

Isso é que eu chamo de educação!
Alguém que fala a verdade merece ser chamado de mal educado ou de mentiroso? Ele não falou nada que todos ali sabem e são. 
Além de "achacadores” eu vou acrescentar "picaretas e salafrários... 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

LIBERDADE, LIBERDADE! ABRE AS ASAS SOBRE NÓS, PORQUE A LÍDER PARTIDÁRIA SININHO E SUA GANGUE ESTÃO DE VOLTA! SE VOCÊ ACHA QUE A COISA NA FAIXA DE GAZA ESTÁ FEIA, ENTÃO NÃO PODEM PERDER OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS DO FILME; "SININHO E SUA GANGUE".  


A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro) informou às 17h50 desta quinta-feira (24) que os ativistas Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, Camila Aparecida Rodrigues Jourdan e Igor Pereira D'licarahy foram soltos. Eles estavam detidos desde a véspera da final da Copa do Mundo no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. Manifestantes que acompanhavam a soltura impediram que fotógrafos e cinegrafistas registrassem a saída dos ativistas e houve tumulto e bate-boca. Fotógrafos foram agredidos.

Com cartazes, um grupo cercou os três ativistas na saída de Bangu até que eles embarcassem em carros que estavam à espera deles. Durante o tumulto, um fotógrafo do jornal O Dia teve o equipamento quebrado por manifestantes. Um outro fotógrafo teve a câmera puxada por um ativista e, ao tentar se defender, acabou derrubado. Outro cinegrafista ficou com a boca machucada.

Camila Jourdan comemorou a liberdade e abraçou amigos que a aguardavam na porta de Bangu. O desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal, concedeu na tarde de quarta-feira (23) habeas corpus a 23 ativistas que tiveram prisão preventiva decretada no último dia 18 após a Justiça aceitar denúncia por associação criminosa armada.

Também tiveram a prisão preventiva suspensa os ativistas Luiz Carlos Rendeiro Junior, Gabriel da Silva Marinho, Karlayne Moraes da Silva Pinheiro, Eloisa Samy Santiago, Igor Mendes da Silva, Drean Moraes de Moura Corrêa, Shirlene Feitoza da Fonseca, Leonardo Fortini Baroni Pereira, Emerson Raphael Oliveira da Fonseca, Rafael Rêgo Barros Caruso, Filipe Proença de Carvalho Moraes, Pedro Guilherme Mascarenhas Freire, Felipe Frieb de Carvalho, Pedro Brandão Maia, Bruno de Sousa Vieira Machado, André de Castro Sanchez Basseres, Joseane Maria Araujo de Freitas e Rebeca Martins de Souza.

Fabio Raposo Barbosa e Caio Silva Rangel também foram beneficiados pelo habeas corpus referente à denúncia de associação criminosa, mas continuarão presos em razão da acusação de assassinato do cinegrafista Santiago Andrade.

Desde a decretação, 18 ativistas foram considerados foragidos, mas agora passam a responder ao processo em liberdade.


"Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós"

Darlan publicou a decisão em seu blog com a frase: "O pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voa quando começa a pensar. Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós".  

De acordo com o juiz Flavio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, a decretação da preventiva se deveu ao que chamou de "periculosidade dos acusados, evidenciada por terem forte atuação na organização e prática de atos de violência nas manifestações populares". Segundo ele, a decisão se amparou nas investigações policiais e nos argumentos da denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro.

A Promotoria denunciou 23 pessoas por associação criminosa armada em decorrência de atos violentos em protestos no Rio.

A defesa nega envolvimento dos acusados nos crimes relatados na denúncia. Marino D'Icarahy, advogado que representa os ativistas, falou ao R7 que as prisões tiveram caráter político e evidenciam um "conluio do Estado, Tribunal de Justiça, Ministério Público, das duas polícias e dos governos federal e estadual" contra os ativistas.

Na denúncia, o promotor Luís Otávio Figueira Lopes, da 26ª Promotoria de Investigação Penal, destaca que, de junho de 2013 até o presente momento, os acusados se associaram para praticar nas manifestações crimes como posse de artefato explosivo, corrupção de menor, dano básico e qualificado, resistência e lesão corporal (consumada e tentada). 

Segundo as investigações da polícia, o MP diz que foram identificados grupos, cujos objetivos seriam lícitos — organização de protestos —, mas que conteriam pessoas cuja atuação seria dirigida para a prática de atos violentos e de confronto. A Promotoria afirma que esses atos são incentivados por lideranças e praticados por ativistas que adotam a tática black bloc.

Ainda de acordo com a denúncia, a associação criminosa utilizava-se de armas, como facas, explosivos, coquetéis molotov, estilingues, rojões alterados para disparar pregos e porretes. 

 SININHO